Inside Her.
Pensava ser a personagem de um livro, vivia como que na tentativa de construir mais um parágrafo de sua estória, mas se perdia na escolha de um tema por não saber optar diante à tantas balinhas coloridas. Se fascinava com a diferença entre as tonalidade e a acidez pertencente a cada sabor, e principalmente, ao efeito do qual eram capazes de induzir seu corpo. As vezes, achava não ser ela própria a dona daquelas atitudes, mas gostava disso, gostava de poder brincar ser quem quisesse ou pelo menos quem a possuísse pra ser com tanta intensidade, que despertava no dia seguinte na ansiedade de que outro alguém lhe contasse, porque a mesma, não conseguiria descrever um só fato. Seus olhos brilhavam ao escutar cada detalhe da noite anterior, gostasse ou não, pois sabia que momentaneamente o verdadeiro fora vivido. Imaginava que daí podia ter vindo sua vontade de preencher aquele caderno em branco, de contar a diferença do que viveu ou achava ter vivido, às cenas criadas por bocas alheias. Continuava com a caneta na mão, mas reprimia por não saber começar, por não saber escolher o que mais gostava se amava cada qual de um jeito.
3 Comments:
At março 12, 2007 11:55 AM,
Anônimo said…
Para nós, que observamos o mundo rodar, a caneta e o papel são os melhores companheiros sempre. As bocas alheias dizem e nós escutamos, não antes de conversarmos por dentro e discordar na maioria das vezes. Pra isso servem essas letras. Pra colocarmos pra fora nossos pequenos diálogos internos.
At março 13, 2007 7:51 PM,
Anônimo said…
aaaah isa, é tão estranho, pq faz tanto sentido pra mim.
te amo
At março 13, 2007 8:03 PM,
Anônimo said…
caraca.muito doido este texto.adorei.deu p/ viajar legal.
beijos,linda!
p.s:alto nível.qd vc vai lançar seu livro,hein?
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