Ela.
As gotas embaçavam a janela juntamente com aquelas que escorriam frias de sua testa, na primeira sensação de tê-la perdido. Sem saber ao certo se a queria ou não, deu-lhe asas, soltou-a num mundo indescoberto à sua alma. O medo do novo alheio era constante em seus pensamentos, queria poder ultrapassar os obstáculos por ela, retirar os espinhos com os quais, muitas vezes, sem consciência, ela mesma feria aquela menina tão inocente. Via o sangue manchar aquela pele branca e suave como uma seda,as lágrimas que escorrerem naquele rosto assustado, mas sentia-se incapaz, sentia que precisáva tê-la, mas sentia-se também injusta e egoísta em prender tal criatura em seus braços. Seus braços talvez quisessem aquele corpo inteiro, mas queriam também alguns outros, não da mesma forma nem com a mesma intensidade, porém, a inconstância que a regia fazia com que ficasse no marasmo da dúvida, na angustia de talvez ter perdido por culpa própria, sua única chance de sorrir novamente.
1 Comments:
At janeiro 25, 2007 10:48 PM,
Anônimo said…
"Seus braços talvez quisessem aquele corpo inteiro, mas queriam também alguns outros, não da mesma forma nem com a mesma intensidade, porém, a inconstância que a regia fazia com que ficasse no marasmo da dúvida, na angustia de talvez ter perdido por culpa própria, sua única chance de sorrir novamente. "
começando a intender talvez...
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