Anfetamina adocicada.
Naquela superfície perfeita, começaram a surgir rupturas e erupções, seus danos eram cada vez mais visíveis. Com o tempo, sua forma se transformava aos poucos, ia sendo apagada. Ao poder se identificar de novo, mesmo com suas novas pontas e cores, perdeu-se no caminho, não sabia se atravessava o labirinto ou pegava um atalho. Não pode ver a si mesma por dias, deu preferência a falta de dificuldades e encontrou um espelho. Evitou pensar, achou q a imagem preta refletida no vidro à sua frente era irreal, que pertencia a algo que não poderia esta ali. Sentiu frio, agachou-se e abraçou as pernas, deixou gotas de água salgada serem expelidas por seu próprio corpo. Despertou num dia ensolarado, não sabia o que era sonho nem o que era vida. Descobriu que voltara ao início de sua trajetória, mas frustrou-se ao ver que o reflexo negro continuava à sua frente e parou em frente a bifurcação. Caminhou por algumas horas, machucou-se, sorriu, viu paisagens novas à seus olhos infantis, brincou do que queria ser. Cantarolando e imitando o vôo de um beija-flor, deparou-se com um lago, molhou seus pés. Sentia-se livre, sentia a vida que não fazia parte de seu teatro, olhou em volta ao som do vento, brincou com o arco-íris de uma poça, assitiu a sua imgem refeltida em cada galho, em cada cada folha que brotava. Ansiosa, imaginou onde chegaria e pela segunda vez optou pelo caminho mais curto. Não resistiu muito tempo, seu sorriso se ofuscara, seu corpo pedia que parasse. Achou o verde entre o cinza, sabia que ali fecharia os olhos pela última vez, e descansou, descobriu que o fim já havia chegado, que sua metade estivera estampada em quatro cantos,mas não tinha sido percebida, que a luz que faltava a seu reflexo indicara o tempo todo o caminho a ser seguido, mas que seus olhos de orgulho e ambição à levaram ao mar incolor.
4 Comments:
At outubro 22, 2006 11:18 PM,
Anônimo said…
"Despertou num dia ensolarado, não sabia o que era sonho nem o que era vida. Descobriu que voltara ao início de sua trajetória, mas frustrou-se ao ver que o reflexo negro continuava à sua frente e parou em frente a bifurcação."
Intrigada, em frente ao espelho, uma menina não se cansava de se perguntar: "e se a vida for do outro lado?"...
At outubro 23, 2006 12:36 AM,
Anônimo said…
:O, to sem ação! De boca aberta...
Vc tá merecendo aqueles exercícios de interpretação de texto que os professores de literatura do ensino médio adoram...rsrs
Vamos lá então: "sua vida perfeita, idealizada, não era tão perfeita assim - o tempo passando -achou mais fácil negar o que era, se enganou, fugiu da realidade - conflitos com sua consciência - chorou por isso, lutando contra o que sabia ser inevitável. Despertou, teve outra chance - curtiu uma vida diferente, achou-se livre. Até que o medo do novo apareceu outra vez e novamente estava infeliz - negou a vida. Morreu!!!!
Porém: "Achou, o verde entre o cinza, sabia que ali fecharia os olhos pela última vez, e descansou, descobriu que o fim já havia chegado..." pode não significar a morte, não é mesmo!!!! Quem sabe não é que conseguiu achar a cor na sua vida e descansar enfim nos braços de um alguém!
Vc não morreu ainda, e sabe o que deve ser feito.
Então, vai encarar?!!!
Pretensão a minha hein!... hehe
Que nota eu mereço? Fala ae ;P
At outubro 23, 2006 10:00 AM,
Roberta said…
"Ansiosa, imaginou onde chegaria e pela segunda vez optou pelo caminho mais curto."
Nem sempre o caminho mais curto é o mais fácil, certo?
At outubro 24, 2006 10:48 PM,
Anônimo said…
ponto de repetição seja por qual caminho "escolher", pq se repete não é tão escolha assim..enfim.. bjoooo
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