E.T.

Era uma criatura que parecia nunca ter feito parte deste lugar. Todas as idéias, a compreensão, a perfeição em carne e osso pertenciam à dona daquela alma. À dona dela, foi dedicado o amor mais puro, capaz de amar na sinceridade da distância, na sinceridade da felicidade alheia. Não doer era uma impossibilidade, mas ultrapassar a barreira e perceber a intensidade do sentimento, fizeram calar-lhe. Era inabalável, talvez se tranformasse num amor amigo, talvez fosse sempre o amor companheiro não recíproco, mas estava lá, sempre esteve, mesmo que muitas vezes tentando se esconder. Imcompreensível para a senhorita razão. E para a senhorita carente , que dizia não saber o significado das palavras e desfrutar delas, estando a primeira vez identificando algo dentro de si, a sensação inexata de sofrimento, orgulho e senbilidade, fazendo suas lágrimas se tornarem involuntárias. O enganado acaso, faziam-nas encontrar-se nos cruzamentos, mudavam o delineado de seus olhos no mais verdadeiro sentido de expressar. No mesmo lugar continuavam, com sonhos opostos, desejos distintos, a presente dúvida do se e o silêncio de orgulhos feridos.