Genes
- As lágrimas que escorriam de seus olhos, agora, não eram mais as lágrimas de intensa indecisão, lágrimas do sentimento que a possuia e a intornava incapaz de repeli-lo. Haviam se tornado apenas gotas salgadas, como qualquer outro líquido expelido pelo o corpo humano, sem motivo ou razaõ, desciam apenas por sua necessidade física.
- Pegava-se vasculhando a memória do ontem ou há muito tempo atrás e, ilusioriamente, achava que traziam-lhe as mesmas sensações. Engano particular, mas acreditou na mudança encenada à sua frente. O sol enconberto pelas nuvens anunciava, para si mesma, a preguiça de acordar, a timidez ou apenas o cansaço da noite passada. Nunca aprendera que noites com céu risonho trariam a tempestade matinal.
- Ouvira por muito tempo o que lhe era dito, e durante todo ele, mesmo machucando-se achava que serviriam pra conselhos futuros. Achou aqueles timbres ressonantes de outras cordas vocais agradável, até o dia em que seus ouvidos gritaram, mais alto um apito agudo.
- Foi acordada pelo despertador em meio a uma cena de sua infância que no passado a deixara feliz, sua nova bicicleta sem rodinhas com aquele laçarote vermelho. Logo em seguida perguntou-se como tirar acessórios de seu brinquedo favorito e dar-lhe um com 2 aros maiores, que não faziam a menor diferença, podiam ter causado um sorriso. Era óbvio que não queriam lhe dizer que não podia mais parecer tão criança, que não deveria mais usar aquelas rodinhas pequenas e botaram em riscos seus joelhos que ainda continuam marcados. Aquela menininha nunca tinha se importado em parecer um pouco mais devagar que as outras pessoinhas do condomínio já que também era melhor em inúmeras outras coisas. Indefinido mas revoltante, os ditos adultos sabichões projetaram, em uma garotinha, suas inseguranças e medos.
- Decidiu caminhar conforme suas próprias pernas, que abstrairia tudo o que sujasse um mínimo de seus sapatos boneca. Andou kms e mais kms fazendo pequenas alterações em seus passos. Viu um novo caminho e nle apostou tudo. Deixou seus tímpanos livres de novo, entendendo que apesar do seu jeito aleatório, o vento sopraria a direção. E soprou até a água clara do Lago Inout refletir seus olhos.
- Crescera criando uma filosofia própria, tentando adaptar os ângulos que não se encaixariam naquele desenho, controlando seus impulsos e deixando-se invadir um pouco. Enxergava,naquele exato momento, que sua reação diante das fotografias que boiavam do lado esquerdo da margem, era de perplexidade. Não seguira seu caminho, aqueles uivos haviam lhe apontado a direção que seus orgulhos quiseram gritar, assim como ops adultos sabichões de sua infância. E mais uma vez, não só via, como ouvia, que todas aquelas expectativas foram em vão.
2 Comments:
At setembro 22, 2007 6:56 PM,
Raquel Mourão said…
*As vezes as lagrimas se tornam hábito, mania. Mas ainda assim é uma ótima maneira de colocar pra fora o que o interior não quer.
*Ouvir o que nos dizem é ótimo. Reconfortante, mas sei lá, o que eu aprendi, é que é só uma maneira de nos esquivarmos de tormar nossas proprias decisões.
*Novos caminhos, novas filosofias, novos jeitos de ver as coisas nos tornam pessoas novas. = D
At setembro 29, 2007 8:28 AM,
Anônimo said…
Fuçando, fuçando, fuçando, eu entrei aqui. E alguém me socorre, rápido, porque eu não consigo mais sair!!!
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