Regirando
Singular, a melhor palavra para definir o momento no qual se encontrava. Algumas boas outras ruins. Sim, surpresas. Talvez fosse apenas inesperado mas não conseguia identificar se estava diante de um novo ciclo ou se o presente ainda não havia acabado e tivera apenas um flash back.
Reencontros e desencontros. A contradição intrínseca. Nada novo de fato, talvez algumas permissões. Sentia-se vulnerável mas nem por isso estava na defensiva como sempre o fizera. Apostou em algumas curiosidades. Gostou. Contudo, ainda havia um desncaixe. Queria o fascínio e obtinha a dúvida, queria a mágica e sorria ao achar tê-la encontrado ao passo involuntário que a lágrima escorria por perceber ser apenas um desejo. Sonhava de olhos abertos. Queria decifrar e ser decifrada. Inocência, talvez até mesmo sua ingenuidade que se falada a terceiros o fariam rir.
Nunca deixara de acreditar, guardava a caixinha no seu exato lugar há tanto tempo que pensou ser a hora de abrí-la. Desta vez não pela realização, simplismente por querer sentir e analisar aquele interior.
Algumas cenas se repetiam e não sabia por onde caminhar. Achou que aquele número podia ser apenas uma armação montada para testá-la. Se via em algum daqueles desafios porque esses sempre a regeram, porém nunca fizera ou faria uma crueldade pensada. Era boba, até demais, estendia o braço ao invés da mão, se reprimia pelo prazer alheio. Percepções.
Os olhares e expectativas, comentários maldosos. A frustração na falta de sonhos ao seu redor. Inconstante. Pela primeira vez encontrava-se menos impulsiva e mais decidida e mesmo sem as suas respostas, guiava-se pelas flores da exalante primavera pois ninguém a faria desistir do seu roteiro encantado.
1 Comments:
At agosto 23, 2011 7:56 PM,
izabela said…
Que lindo, isinha! Amei!
Bem escrito, sensível, profundo! =)
Tem q escrever um livro!
Beijos.
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