Lábrada

"é clichê.
um classico do bonito.desses filmes que sao alugados profusamente,por muitas das mulheres que precisam encontrar na arte um motivo pra ainda crer na vida.no amor.no beijo.Penso em você.acordo cedo.(mal dormi) me levanto,tomo um "espresso"com leite e canela,coloco uma roupa qualquer, vou à banca de jornais. voltamos nós três;eu,o jornal nas mãos,e vc. vc que foi comigo no pensamento,vc que eu deixei dormindo gostoso,de pijamas de cereja,com a Melanie e seus lacinhos.
Chego em casa;vejo nossos discos,vários,diferentes.é facil dizer o que chegou através de quem.vou à cozinha,mais um café,o seu café..uma flor no cantinho da bandeja.nesse momento a Mel já acordou,e balança lacinhos pela casa,leva comigo seu café na cama.nós duas te acordamos,cada uma com o seu beijo.mas sou eu que espero tanto e encontro,seus olhos verdes.sua preguiça explicita,seu suspiro gostoso.É cedo,e talvez eu ainda tivesse muito a fazer,mas me enfio embaixo das cobertas com vc,pra ver se te faço rir,se encontro no escuro do edredom as suas tatuagens,se te faço cócegas,se te faço feliz.E faço.e te escrevo,e reescrevo.uma historia pra chamar de nossa.um roteiro de filme que a primeira vista é uma obviedade agua com açucar,uma obra prima do que é ser feliz.e é real,é nosso.uma historia publicamente simples,intimamente colorida,rica,carregada de significado. como um quadro de frida kahlo.como uma mordida de amor.como um sorvete no parque.como beijo de nutella.
como roupa no chão.como você comigo.como o tombo horrivel na escada rolante.rs como meu fracasso enquanto delegada de simulação incapaz de me concentrar nas minhas atribuições,porque te vejo na plateia.(e te quero.)como as coisas que devem ser,são de fato.simples,com cheiro de suor e flor.saudade,vontade de você.Jogo meus livros no chão,pra te encontrar gentil,curiosa e senhora dos olhos...meus e seus,num esquina por aí."
By Margarida.

Não mais a mesma esquina pela qual costumava passar. Uma outra, inexplorada, misteriosa, cheia de coisas a oferecer. Aquela na qual, com seu jeito estabanado, acabou derrubando suas anotações. Percebeu os olhares dos que passavam, quando suas maçãs ganharam um tom rosa desconcertado. "Plaft". Sem levantar do chão, conseguiu ver um bucado de livros espalhados logo a sua frente. Sorriu. Riu. Gentileza ou curiosidade, tanto fazia, o fato é que ambas a impulsionaram a ajudar a outra a moça que encontrava-se mais constrangida que ela mesma. Os títulos, os autores, não pudera esquecer, foi como se em câmera lenta visse renacer seus desejos já ofuscados, o despertar da magia que carregava consigo e havia perdido. O encanto que não amnhecia mais com seus dias, voltava agora a cada entardecer, nos últimos passos antes de sua realidade misturar-se aos sonhos.